21 de março, conhecido mundialmente como o Dia da Síndrome de Down, data escolhida justamente por se tratar de 21.3, o que caracteriza a mutação genética que ocasiona a síndrome.
Cada célula do corpo humano possui um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A Síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo, ou seja, há uma trissomia do cromossomo 21. Assim, por tal razão, foi definida a data fazendo referência ao terceiro elemento no cromossomo: 21/3.
As pessoas com síndrome de down apresentam uma deficiência intelectual e, portanto, são consideradas pessoas com deficiência sendo detentores dos mesmos direitos elencados aos PcD’s, tudo conforme preconiza a Constituição Federal, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, a Convenção de Nova Ioque e tantas outras, tal como tratamento especializado, terapias específicas, vaga de estacionamento, atendimento preferencial, matrícula em escola de ensino regular sem cobrança de nenhuma taxa a mais para tanto, professor de apoio, atendimento educacional especializado (AEE), isenção de alguns impostos, acesso ao mercado de trabalho, desconto para acompanhante em voos, entre tantos outros.
O indivíduo com diagnóstico de SD apresenta características específicas que demandam tratamento especializado e multidisciplinar, portanto, deverão ter acesso a atendimento com Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, todos especialistas e com experiência no atendimento de crianças com Down e tudo conforme a indicação e prescrição médica.
Ainda que tais profissionais não sejam encontrados na rede credenciada do plano de saúde, devem ser custeados integralmente pelas operadoras, seja através de reembolso, pagamento direto ao prestador ou quaisquer outras formas possíveis.
Importante ressaltar que a pessoa com SD pode apresentar diversas comorbidades correlacionadas ao seu diagnóstico, tais como cardiopatias, problemas de visão, audição e outros, portanto, todo tratamento a essas comorbidades deve ser igualmente garantido à pessoa com síndrome de down.
Não raras vezes, essa parcela da população se vê impossibilitada de exercer seus direitos e é obrigada a procurar o Judiciário para solução das negativas apresentadas, portanto, neste momento, devem dar prioridade a buscar um advogado especializado para que sejam representados da melhor maneira possível.
Você pode se questionar por que esse dia existe, porque seria necessário um dia para tratar de uma deficiência, mas é somente através da visibilidade, da normalização das deficiências que poderemos encontrar uma sociedade equânime, consciente e pronta para receber e lidar com as diferenças que se apresentem.
Neste dia de conscientização o importante é olhar para a pessoa antes de sua deficiência, fomentando na sociedade e nos meios públicos e privados a redução dos preconceitos e discriminações, tudo isso através da informação e do acesso a direitos.